Gaia

Os pés afundaram na areia.
Abriu os braços.
Sentiu o vento.
Sentiu a brisa.
Sentiu o calor brando de um sol prestes a se pôr.

A água vinha aos poucos, molhando a barra de sua saia, seus pés, sua alma.
Em nada pensava, tudo sentia.

Sorriu.
Sorriu diante de uma vastidão.
Vastidão de sentimentos, experiências e opotunidades.

Sentiu suas mãos formigarem.
Sentiu sua pele transformar-se.
Sentiu a água que escorregava abaixo de seus olhos.
Sentia-se afundar, misturar-se.
Sorriu, resiliente.
Fez-se Gaia.

Comentários