A Ponte



        Não sei ao certo como cheguei aqui. Já havia caminhado milhares de quilômetros. Meus pés doíam demais. Sentei, quase sem esperanças. Fiquei ali por algumas horas.
       Choveu. Levantei a cabeça olhando para o céu. Bebi um pouco da água da chuva. Animei-me um pouco e levantei. Havia dois caminhos a seguir. Optei pelo da direita. Andei por mais duas horas. Cheguei em uma vasta ponte. Ponte esta em qual não se podia ver o fim. Caminhei durante cinco minutos.
       Deparei-me com um buraco. Um enorme buraco estava à minha frente. Fiquei sem ação com o abismo que via logo abaixo.
       Escutei um barulho. Algo atrás de mim. Virei-me.
       - Desculpa... Acho que quebrei aquela parte da ponte... - Sua expressão era gentilmente compungida - Mas... Mas não se preocupe. Eu trouxe madeira, pregos, cordas e coisas assim. Podemos reconstruir a ponte e continuar seguindo.
       Mal pude acreditar. Viviane estava ali. Minha amiga. Ela sorriu. Eu sorri. Abraçamo-nos. Construímos. Seguimos. É incrível no que um sentimento pode nos transformar.
       É apenas uma amizade, mas pode ser tudo.


Feito para Bárbara Caroline Reis.

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